Confira abaixo os Projetos de Pesquisa dos Professores do curso:


Jovem e consumo midiático em tempos de convergência: os usos sociais das mídias no Mato Grosso do Sul

COORDENAÇÃO | Profa. Dra. Márcia Gomes Marques

RESUMO | Esta pesquisa explora os usos sociais das mídias pelos jovens sul-mato-grossenses, averiguando o lugar cultural e social assumido por essas tecnologias e dispositivos de comunicação em suas vidas cotidianas. Os usos das tecnologias são abordados desde seus vínculos com o contexto histórico e social dos usuários de mídias. Entre os fatores observados estão as vivências que os jovens têm das mídias, seus rituais de consumo, suas formas de uso e de combinação de mídias, os usos para qualificação, trabalho, lazer, convivência e integração social. O projeto fez parte da Rede Brasil Conectado, coordenado pela profa. Nilda Jacks (UFRGS), que iniciou seus trabalhos no ano de 2012, que teve como objeto de estudo comparativo do consumo de mídias no país, contrastando as práticas de uso e de consumo desde as especificidades históricas, geográficas e econômicas das várias regiões do Brasil. Fomento: FUNDECT – MS


Ontologias – cinema, especulação, perspectivismo e pampsiquismo

COORDENAÇÃO | Prof. Dr. Julio Bezerra

RESUMO | A teoria do cinema herda uma cisão sustentada pela filosofia ocidental moderna por séculos entre homem e natureza, sujeito e objeto. Trata-se de um campo de investigação marcado por dualismos duradouros, que vêm produzindo insistentes divisões entre o que importa e o que deve ser descartado, separando realismo e formalismo, realidade e imagem, diferenciando o mundo e o espectador, o fenômeno e o olhar que o testemunha. A teoria do cinema, no entanto, também pode fornecer uma nova maneira de repensar as categorias de subjetividade e objetividade, mente e mundo, linguagem e afeto, capaz de expressar o “lá fora” (“great outdoors”) – o conceito dado por realistas especulativos para descrever o mundo das entidades para além de estruturas sujeito-objeto. Em primeiro lugar, esta pesquisa se propõe a investigar os autores que se aventuraram pela teoria cinematográfica privilegiando sua dimensão ontológica. Em segundo, em busca de diferentes caminhos para subverter o antropocentrismo e remodelar nossa maneira de imaginar e sentir o mundo, estamos interessados em demonstrar o impacto do pensamento especulativo, do perspectivismo e do pampsiquismo na teoria cinematográfica. Ao pensar no cinema com essas lentes, somos levados a possíveis formas de pensar sobre o cinema sem reforçar as ideias de “bifurcação da natureza” e “correlacionismo”.


Laboratório de Estudos do Horror e da Violência na Cultura (LEHViC)

COORDENAÇÃO | Prof. Dr. Ramiro Giroldo

RESUMO |  O Laboratório de Estudos do Horror e da Violência na Cultura não somente serve como suporte instrumental/tecnológico para a Pesquisa e o Ensino, mas sobretudo fomenta junto à Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC) e ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Estudos de Linguagens (PPGEL), à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e a outras IES, brasileiras e do exterior, o desenvolvimento de pesquisas referentes aos temas da violência, do horror e correlatos, na cultura. O laboratório é vinculado às ações de Ensino das disciplinas sob a responsabilidade do Prof. Dr. Ramiro Giroldo, às atividades do Núcleo de Estudos Historiográficos de Mato Grosso do Sul, à pesquisa de Desenvolvimento Científico Regional “Visões utópicas de Mato Grosso do Sul na literatura”, desenvolvida com financiamento CNPq/FUNDECT, e à atuação do docente em pauta como colaborador do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens. O projeto prevê a publicação de dois livros compostos por artigos produzidos no âmbito do laboratório. O LEHViC é um projeto aprovado no Edital Universal 01/2016, sendo financiado pelo CNPq.


Observatório do cinema brasileiro contemporâneo

COORDENAÇÃO | Prof. Dr. Vitor Zan

RESUMO | O Observatório do cinema brasileiro contemporâneo tem por finalidade estudar criticamente, em sua dimensão estética, histórica, técnica e política, a produção audiovisual brasileira do século XXI. Seu objeto de estudo está, portanto, em constante transformação, uma vez que se reconfigura ao acompanhar as novas safras de filmes brasileiros. Se a análise fílmica está em seu cerne, o projeto não exclui de sua alçada aspectos extrafílmicos, como as formas de financiamento e distribuição, ou ainda a “posição” social, racial e de gênero dos realizadores e de suas equipes. À imagem de um observatório astronômico, trata-se de descrever e de elaborar saberes a partir da movimentação gerada por obras audiovisuais.


Passagens entre o cinema, a diáspora e o arquivo

COORDENAÇÃO | Prof. Dr. Rodrigo Sombra

RESUMO | Este projeto quer investigar os modos pelos quais diversos cineastas negros, atuando a partir de múltiplos itinerários e geografias da diáspora africana, se valem das imagens como um veículo de rememoração. Interessam-me sobretudo cineastas ligados às práticas de apropriação de criações alheias (imagens, sons, textos), afeitos ao reemprego de materiais de arquivo. A ideia do projeto é fazer um mapeamento do cinema diaspórico ligado ao arquivo.


A propósito de investigação sobre a produção pandêmica no audiovisual

COORDENAÇÃO | Prof. Dr. Régis Rasia

RESUMO | A presente proposta de pesquisa visa investigar o impacto criativo da produção audiovisual na pandemia, através de questões como a adequação do roteiro, a viabilidade da construção da mise-en-scène no set, somando com as escolhas estéticas da montagem. Partimos dos diversos protocolos de gravação existentes, sobretudo no emprego da atividade produtiva/criativa do audiovisual ancorada no inventário de obras que surgem nas múltiplas telas de exibição e nos festivais.


CINEASTAS EM TRÂNSITO – produção cinematográfica, memória, educação e cultura 

COORDENAÇÃO | Profa. Dra. Daniela Giovana Siqueira 

RESUMO | Este projeto de pesquisa se propõe a estudar um conjunto documental fílmico, produzido por cineastas nascidos fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo entre os anos de 1968 e 1970, abordando para isso as relações entre análise fílmica e pesquisa histórica. O objetivo principal é o de perceber o lugar ocupado por esses filmes no debate cultural da época e, sobretudo, como essas obras expõem a subjetividade política de seus diretores conformando, assim, uma cena de dissenso. Em um plano coletivo interessa perceber como estes filmes podem ser estudados dentro de uma perspectiva modernista, pensada sob o ponto de vista de uma longa duração no tempo.  Para alcançar seu propósito, esta proposta toma por base de análise os filmes A Vida Provisória, de Maurício Gomes Leite (1968); Crioulo Doido, de Carlos Alberto Prates Correia (1970); Perdidos e Malditos, de Geraldo Veloso (1970) e Sagrada família de Sylvio Lanna (1970). Os diretores desses filmes têm em comum a formação no cineclubismo do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) e o trabalho de crítica cinematográfica em importantes veículos como a Revista de Cinema e a Revista de Crítica Cinematográfica. Elementos econômicos e históricos subsidiam o contexto em que emergiram essas obras, produtos midiáticos capazes de representar uma trajetória de produção cinematográfica que sobreviveu no tempo e hoje permite ser (re) discutida pelos estudos que se dedicam à historiografia do cinema brasileiro. 


Curadoria de Festivais de Cinema e a construção da identidade racial na autoria de filmes

COORDENAÇÃO | Prof. Dr. Marcio Blanco Chaves

RESUMO | 

Curadoria de Festivais de Cinema e a construção da identidade racial na autoria de filmes

O Panorama dos Festivais/Mostras Audiovisuais Brasileiros (CORRÊA, 2022) contabilizou 366 eventos realizados em 2022. Trata-se um importante anuário que, desde 2016, mapeia algumas dinâmicas deste que se tornou um imprescindível setor da cadeia produtiva audiovisual nacional. Entre os dados levantados encontra-se o um expressivo número de Festivais e Mostras de Cinema e Audiovisual cuja curadoria possui um recorte racial. Este projeto de pesquisa investiga como suas curadorias se configuram como instâncias enunciativas das noções de raça contidas na autoria daquilo que se denomina atualmente no Brasil como cinema negro e cinema indígena.