Sertânia (2020), de Geraldo Sarno:
Antão é ferido, preso e morto quando o bando de Jesuíno invade a cidade de Sertânia. A mente febril e delirante de Antão rememora todos os acontecimentos.
Geraldo Sarno é autor de um clássico do cinema documental brasileiro, Viramundo (1965), sobre a migração nordestina para São Paulo, o primeiro de uma série de estudos sobre a cultura do Sertão. Começou no início dos anos 60 como integrante do Centro Popular de Cultura da Bahia (onde nasceu, em 1938). Realizou filmes em 16mm sobre a reforma agrária, entre eles Mutirão em Novo Sol (1963), que se perderam após o golpe militar de 1964. Trabalhou também o tema da religiosidade popular em Iaô (1976), sobre os cultos afro-brasileiros, e Deus é um fogo (1987), sobre o catolicismo e as esquerdas latino-americanas. A partir de 1999, em complemento ao trabalho de reflexão estética iniciado com a revista Cinemais, realiza uma série de documentários intitulada “A linguagem do cinema”, composta de entrevistas com diretores brasileiros. Realizou também alguns longa-metragens de ficção. Sertânia é seu último filme.